As pessoas da Geração Y, hoje, são um dos maiores mercados consumidores do mundo. Composta de adultos que nasceram entre a década de 80 e 90, ela domina o mercado do entretenimento e boa parte da programação de marketing hoje é feita com eles em mente.
Por outro lado, há um dado curioso, muito diferente de seus antecessores da Geração X. Enquanto um profissional da Geração X costumava ficar a vida toda em apenas um emprego, os profissionais da Geração Y apresentam outro quadro.
Estudos constatam que a Geração Y é a que mais muda de emprego. Uma pesquisa recente realizada pela Talenses, consultoria em recrutamento executivo, revelou que esses talentos ficam menos de dois anos na mesma companhia, o que, segundo especialistas em Recursos Humanos, exige um esforço maior para entender como esses profissionais trabalham e para pensar em um programa de retenção.
A relação da maioria dos líderes com a Geração Y é tensa. Afinal, a Geração Y é uma geração “livre”, precisam de algo mais para ficar onde estão. Eles são a geração empreendedora por excelência e por vezes podem ser difíceis de serem liderados, por serem voluntariosos demais.
Mas a culpa não é da geração Y. Uma nova geração eventualmente chegaria. O mundo muda e precisamos nos adaptar.
Acho que é bom apresentar outro lado da história. A Geração Y tem ocasionado uma grande revolução no modelo de gestão e liderança das empresas. E isso, naturalmente, tem incomodado gestores mais conservadores e, por que não dizer, antiquados.
Deixe-me contar de uma conversa que eu tive com um líder de uma empresa recentemente. Ele reclamava da nova geração, enquanto alimentava as suas planilhas financeiras e analisava os seus relatórios, tão importantes em sua rotina. Após alguns minutos de lamentação, perguntei a ele: “Quantas horas por dia você dedica para conversar com as pessoas?”. Ele respondeu: “Conversar? Como assim? Eu converso o tempo todo, delego atividades, faço solicitações, cobro resultados…”.
Então continuei: “Deixe-me ser mais clara: você estava dizendo que o ‘fulano’ não é comprometido com a empresa e que isso lhe preocupa. Pois bem, quantas vezes você já conversou com ele sobre o seu futuro na empresa? Quantas vezes você o chamou para conversar sobre os projetos e lhe pediu alguma opinião? Quantas vezes você demonstrou gratidão e reconheceu o seu esforço? Quantas vezes você se interessou pelo desenvolvimento de sua carreira?”.
Isso é conversar com outro profissional. Isso é exercer um papel de liderança ativa.
Como líder, você deve se perguntar: você fez tudo o que foi possível para fazer aquele profissional se comprometer com a sua visão? Com o seu trabalho?
Liderar é mais que delegar tarefas, que atribuir funções, que cobrar resultados. Liderar é abrir diálogo, se preocupar, conseguir conversar com os seus liderados.
E esse mindset é essencial quando se trata da Geração Y. A nova geração é diferente, pensa diferente, age diferente e quer coisas diferentes. Ela busca recompensas que vão além do financeiro. Eles buscam uma liderança verdadeira. Um motivo para seguir você.
Portanto, chega de lamentação! Antes de terceirizar a responsabilidade e julgar o seu time, tenha a certeza de estar fazendo a coisa certa:
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