Tênis ou Frescobol? Jogo de influência e resultado!

Você quer ter Influência e Resultado?

Mas, antes, quero saber: Você joga Tênis ou Frescobol?

Essa última pergunta pode ter chamado a sua atenção por parecer, inclusive, um convite para alguma partida, certo?

Errado!

Eu não quero falar com você sobre modalidade esportiva, eu quero mesmo é falar com você sobre influência.

Vamos lá?

Para você o que é influência? O que é influenciar alguém?

Tenho participado de muitas reuniões sobre influência e tenho sido chamada para falar bastante sobre esse assunto… E já adianto a você: estão fazendo errado. Muito errado.

Existe um imaginário, uma crença, por trás do verbo influenciar que me soa muito equivocado.

Influenciar não é, nem pode ser, algo solitário, impositivo ou, até mesmo, autoritário! Isso é, inclusive, manipulador. E pode beirar a falta de ética.

A influência é um saber sustentável. É uma prática sábia da arte do diálogo.

De verdade? Influenciar é uma partida de frescobol, não de tênis.

Você deve estar perguntando: “Mas como assim Laila?”

Essa analogia, quase uma provocação, está bem longe de ser inocente. Você já parou para pensar na diferença do frescobol e do tênis?

Ambos os esportes têm duas raquetes? Sim!

Ambos os esportes têm uma bola? Sim!

Ambos os esportes dependem de dois jogadores? Sim!

Mas qual a diferença entre eles?

Tênis

Em uma partida de tênis, você precisa jogar a bola bem longe do seu adversário, dificultando bastante seu alcance.

Ou seja, no tênis, ganhar é um objetivo.

Frescobol

No frescobol, por sua vez, você mira na raquete do outro, joga a bola de maneira quase generosa para ele.

Nesse caso, ganhar é uma consequência.

É por isso que influência, vista como um poder sustentável, está muito mais para uma partida de frescobol do que uma partida de tênis!

Aquela antiga máxima de que influenciar é alcançar seus objetivos de maneira eficaz, ter os outros a sua volta, ter credibilidade, ser uma autoridade…

Enfim, essa antiga máxima continua valendo, mas influenciar é um ato generoso, é um ato de transformação de pessoas e (por que não?) de transformação do mundo.

Você influencia para o bem: para o seu, para o bem do outro. Pessoal, social ou profissionalmente.

Importância do diálogo

Então, eu reforço a minha atenção para o diálogo.

Preciso dizer a você que influenciar não é se apropriar unicamente do caminho do poder e exercê-lo a ferro e a fogo. Não é um vetor ou flecha unidirecional.

É preciso saber com quem você está falando. Olhar de maneira generosa para o outro. Colocar-se no lugar do influenciado para influenciar.

Sabe por quê?

Porque você só influencia se também for um influenciado.

Acredite: é uma troca. É sustentável.

As pessoas precisam saber quem você é? Sim.

Elas precisam gostar de você? Sim.

Confiar em você? Claro.

Comprar de você? Seja uma ideia, um produto, um conceito? Sim.

E precisam falar de você!

Como? Você falando delas. Você ouvindo sobre elas. Você se mostrando interessado nelas.

Isso é influência!

Esse é o novo olhar que deveremos direcionar para essa arte tão grandiosa que é a influência.

É um poder? Sim. É uma arma? Também é.

Mas como uma partida de tênis e de frescobol – em que o poder é o resultado do placar e as armas são a raquete e a bola – a intenção está nos jogadores.

E você? Joga tênis ou frescobol?